segunda-feira, 17 de outubro de 2011

REVOLUÇÃO EM MIM

REVOLUÇÃO EM MIM

Não dá pra ficar pensando
que um simples e fútil ato de rebeldia
poderá amenizar ou resolver
um grande problema.
Não dá pra achar
que com um caos se resolve outro.
Não dá pra conviver com tantas
dúvidas e rumores.
Não dá para sustentar a simples
explicação de que isso é apenas
uma fase.
Fase de descobertas,
de “quebrar a cara”,
de odiar-se e de amar-se...
Às vezes,
tenho vontade de gritar,
de chorar,
de sair pisoteando tudo,
por nada sair como quero.
Às vezes,
me vejo lúcida, pacífica,
assim como o Ser Superior deseja,
sendo luz, em trevas, e alegria.
Mas sou também
Sombria.
Não me encontro, não me vejo,
não sei nada sobre a
minha própria identidade.
Não sou mais como eu era antes,
me sinto estranha e inibida.
Tenho vontade de fazer coisas
que, com certeza, seriam estranhas
ao que os outros pensam
a meu respeito.
Sou, agora,
meio corpo,
meia identidade,
estou diferente!
Tenho amor, devo ter fé,
sou pequena e não me acho.
Queria embolar o mundo
Como uma folha de papel
e queimar,
jogar fora tudo o que me prende.
Queria fazer de meus atos, meus,
sem ter que dar explicação e
responder por eles.
Às vezes,
queria desprender atos insignificantes
achando que, assim, sem dúvida,
sofreria menos
e, talvez,
me resolveria
e encontraria, quem sabe,
meu próprio eu.

RESPONDA
1. O que está vivendo esta garota?
2. Você vive algo semelhante? Se identifica com ela?
3. Acha que os pais compreendem o que acontece com um adolescente?
4. Qual seria a forma de um(a) adolescente não se sentir tão só e confusa como se mostra a garota?
5. Como os pais poderiam ajudar os filhos a atravessar esta fase tão difícil?

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